Jorge Viana fala que COP30 é oportunidade de transformar “sonhos em política pública”

Ele afirma que o líder seringueiro se tornou o sinônimo da COP30 na Amazônia

Presidente da ApexBrasil estava presente na solenidade. Foto: Glauber Maia

No Espaço Chico Mendes e Fundação BB, a voz do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, que conviveu e lutou ao lado do seringueiro desde 1985, ressoou ligando a história da resistência extrativista à urgência da implementação de políticas públicas, neste domingo (09).

Viana expressou que a presença do legado de Chico Mendes em Belém transcende o evento, dando-lhe um significado prático e profundo:

“O Chico [Mendes] com o sacrifício da própria vida em defesa da causa ambiental, em defesa do desenvolvimento sustentável, em defesa dos povos da floresta, ele virou sinônimo de Amazônia, das populações tradicionais”.

E hoje, ele se tornou a referência central desta Conferência:

“Ele virou sinônimo da COP30, a COP da Amazônia, a COP da implementação. Isso é extraordinário”.

Para nós, que lutamos por justiça socioambiental, esta é a tarefa inadiável: “pegar os sonhos dele, os propósitos dele e transformar isso em políticas públicas”. É assumir que, embora a crise climática traga “risco à vida”, ela é também uma “grande oportunidade agora para os 30 milhões de pessoas que vivem na Amazônia”.

A responsabilidade do Pós-COP

A Amazônia tem a chance de redefinir seu futuro, mas isso exige compromisso e ação concreta dos governos. Viana sublinhou a expectativa de que o trabalho não se encerre em Belém, mas que a Conferência seja o ponto de partida para a implementação dos sonhos de Chico Mendes:

“Eu acredito muito que o governo do presidente Lula, que a ministra Marina e que o conjunto dos ministérios… vamos assumir esse compromisso especialmente no pós-COP30, porque a crise climática é um fato”.

A transformação em políticas públicas deve levar à “melhoria de vida dos 30 milhões de pessoas que vivem na Amazônia e obviamente a defesa do meio ambiente, da floresta, da nossa biodiversidade”.

Ver este movimento vivo e em crescimento é motivo de grande emoção. Viana celebrou a continuidade da resistência, que se manifesta nas novas gerações de lutadores:

“Passados 37 anos [da morte de Chico Mendes], a gente realiza uma COP… e eu tô aqui na COP também ajudando a COP. Aí estamos aqui a Helenira e a Ângela, as duas filhas dele, mas a neta, né, a filha da Ângela, a a que que está é Angélica. E aí é isso, é assim, traz a na memória da gente o que a gente ouvia, o que a gente via e o que a gente vivia com ele”.

Ele finalizou com a certeza de que esta luta coletiva traz consigo a esperança necessária:

“Eu tenho muita esperança que a situação da Amazônia, do clima, do meio ambiente, dos povos da floresta, vai melhorar depois dessa COP”.

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